Crenças limitantes e seu sucesso

Sua vida acadêmica, profissional e/ou até pessoal está estagnada? Sua empresa não evolui como deveria? Talvez seu problema esteja nas crenças limitantes.

Não, esse não é um texto de autoajuda, porém tratará de assuntos que vão te fazer repensar suas atitudes nos últimos tempos.

O que são as crenças limitantes? Como elas podem atrapalhar a carreira e as relações pessoais? Porque elas são as maiores inimigas dos empresários? Vamos falar tudo neste texto, acompanhe :

O que são as crenças limitantes

Crenças limitantes geralmente são pensamentos e dizeres com caráter pessimista ou comodista que são adotados como parte de um conhecimento comum ou um paradigma, embora na maioria das vezes não passe de uma especulação derrotista.

“Espere um minuto, supostamente não era pra eu perder.”

Para uma melhor didática, as crenças limitantes serão divididas em três grupos aqui: as hereditárias, as pessoais e as sociais. Você, provavelmente, já sofreu, ou ainda sofre, com as três.

Crenças limitantes hereditárias

Não apenas os genes que herdamos dos nossos pais, quando se trata das crenças limitantes, não são só os genitores os responsáveis pela nossa herança.

Muitas vezes todo o núcleo familiar influencia e introjeta em nós, essas crenças limitantes. E, claro, amigos próximos também podem ter um peso nisso. Muitas vezes sem intenção, essas pessoas nos influenciam negativamente. As frustrações, ou perspectivas pessimistas vão sendo internalizadas e sem perceber estamos repetindo-as como um mantra.

“Nem vale tentar um concurso assim, é muito difícil”, “um em 10 mil empresários têm sorte, você não devia nem tentar”, “aproveite o que você já tem, depois tenta outra coisa e fica sem nada”.

É possível identificar algumas crenças limitantes rapidamente, pelo caráter completamente pessimista, “Você nunca vai conseguir um emprego assim”. Porém, o risco maior está nas falas sutis.

Crença limitantes

“Mais vale um pássaro na mão que dois voando”

Quem nunca ouviu essa expressão, não é mesmo? Ela é bem famosa, e se trata de uma terrível crença limitante. A não ser que você tenha uma enorme águia em mãos, é melhor se arriscar para conseguir dois passarinhos!

O problema é que esse ditado, em um primeiro momento, pode parecer um conselho sábio, mas será que é mesmo? Claro que devemos dar valor ao que temos, mas devemos nos limitar ao que temos sem desejar e buscar algo melhor?

Essa crença parte do ponto de vista comodista, em que devemos nos contentar com o que temos, seja  um emprego ruim, um relacionamento sem reciprocidade etc,  ao invés de arriscar uma mudança que nos deixará satisfeitos. Em muitas situações esse passarinho na mão é um atraso de vida!

Crenças limitantes pessoais

Diferentes das crenças hereditárias contraídas do núcleo familiar mais próximo, as crenças limitantes pessoais são criadas por nós mesmos.

Nesse caso, elas se formam de acordo com nossas vivências e o modo como lidamos com essas experiências. Não ser aprovado no vestibular, terminar um relacionamento, não passar em uma entrevista de empregos e até, na infância, não ganhar um Playstation do Yudi. Cada pequena frustração pode nos ensinar resiliência, ou nos tornar agourentos, amargurados.

“Eu não posso”

Muitas pessoas, ao invés de se tornarem realistas, criam uma atmosfera pessimista se autossabotando e desistindo de seus objetivos antes mesmo de tentar. Essa atitude muitas vezes vem da crença de que as falhas vão sempre se repetir e sua vida está fadada ao fracasso. É quase como se imaginar como o protagonista eterno de uma tragédia grega.

Crenças limitantes sociais

“Jamais deixe alguém lhe dizer que você não pode fazer algo. Nem mesmo eu”.

As crenças limitantes sociais impactam drasticamente nossa vida. Semelhante às outras, essa crença se inicia na frustração, porém não as nossas decepções ou do nosso grupo familiar, mas sim de uma grande parte da sociedade.

Para ser aprovado em um concurso público, por exemplo, é preciso ter dedicação e preparo. Contudo, devido às vagas limitadas, haverá um número muito superior de pessoas reprovadas e essa massa de indivíduos desapontados pode se tornar uma fonte de crença limitante. Daí, começa-se o mito “concurso é só indicação!”, “Só passa filhinho de papai!”, “Só gênio pra ser aprovado e olhe lá!”

Em pouco tempo, esses dizeres, de tanto se repetir, são aceitos como um paradigma, uma verdade social, embora não passe de uma simples lamúria repetida muitas vezes.

Esses dizeres afetam a todos em várias instâncias da vida, desde o estudante (vai mesmo arriscar ganhar dinheiro nesse curso? Faça medicina que o dinheiro é garantido!) ao investidor (vai arriscar investir durante a crise? Você vai é falir com certeza!).

Como se libertar das crenças limitantes

Saber que você pode!

 “Sim, nós podemos”

Nossa sociedade não é igualitária, e cada um tem um ponto de partida diferente. Não vamos discutir a desigualdade social e meritocracia aqui, muito menos iludir dizendo: basta sonhar e se dedicar e fará o que quiser!

Muitas vezes vamos tentar e falhar. Outras vamos conquistar. A questão é que nós já temos dificuldades inerentes à nossa vida, não precisamos criar mais, não é mesmo?! Então, que abandonemos nossas crenças limitantes!

Não sonhe, planeje!

Não basta ter sonhos, tenha objetivos.

Um vídeo brincalhão do ator hollywoodiano Shia Labeouf repete o bordão “apenas faça!” e nesse ponto, não há piada. Só podemos conquistar, se realmente fizermos algo!

Sonhos podem ser abstratos e subjetivos, por isso é difícil tangibilizá-los. A dica é transformar um sonho em um objetivo. Vamos partir para um exemplo: tem sonho de fazer uma faculdade? Planeje!

Converse com conhecidos que fizeram o curso que você almeja, entre em comunidades de discussão na Internet, saiba mais sobre o curso. Uma vez que está certo da sua escolha, planeje uma rotina de estudos diários.

Faça um cursinho ou aulas particulares se tiver condições, se não for o caso, tenha disciplina de estudar todos os dias. Assista videoaulas na Internet, faça exercícios e peça para amigos competentes ajudarem se estiver com dificuldades.

Sonhos são facilmente desmotivados por crenças limitantes, pois são subjetivos. O segredo é transformar um sonho em um objetivo; tornar o abstrato, alcançável. Isso é combater uma crença limitante com planejamento e dedicação. Frente ao desânimo, é mais fácil desistir de uma aspiração, do que de uma rotina executada com afinco.

Arrisque, seja audaz, corra perigos; mas se planeje para potencializar suas chances de êxito. E como falamos em tantos dizeres populares pessimistas ou comodistas, aqui vai um mais produtivo: “quem não arrisca, não petisca!”